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Cringe o quê? Entenda o que a gíria tem a ver com o comportamento de consumo

Postado em 29/06/2021

O termo do momento é “cringe”. A palavra viralizou nas redes sociais nos últimos dias e tornou-se um dos termos mais pesquisados no Google. Mas você sabe o que isso quer dizer?

Traduzido do inglês, cringe pode ter muitos significados. Sua origem está no verbo “to cringe”, que geralmente está relacionado a uma situação vergonhosa, constrangedora ou embaraçosa. No Brasil, tornou-se uma gíria usada pela Geração Z para identificar tudo o que é fora de moda, “cafona”, como diriam os Millennials. Falando em Millennials, é aí que tudo começa.

Se você tem mais de 25 anos, provavelmente nem havia ouvido falar do termo antes. Tudo começou no Twitter, quando adolescentes responderam uma pergunta sobre o que consideravam como cringe entre os hábitos dos Millennials. E pasmem: a lista é longa e polêmica!



Tomar café da manhã, usar calça skinny e sapatilha, falar de boletos, usar emojis de risos e hashtags, amar Raça Negra e sagas como Harry Potter, usar o Facebook, beber cerveja litrão, usar o cabelo dividido de lado, gostar de stand-up, chamar o WhatsApp de zap, ser viciado em café, usar pontuação na internet, ufa! Mas se engana quem pensa que para por aí... Esse foi só um resumo dos resumos de tudo o que os jovens da Geração Z classificaram como “vergonha alheia”. Você se identificou com algum desses critérios? Se sim, fique tranquilo. Estamos juntos nessa!

Foi então que começou o embate geracional entre os Millennials (nascidos entre os anos de 1981 e 1995) e a Geração Z (jovens nascidos de 1996 a 2010) nas redes sociais. Os Millennials não deixaram quieto e passaram a criar inúmeros memes e piadas com a situação.



Bom, agora que você já entendeu o termo, deve estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com a minha marca? Simplesmente TUDO, e os dados estão aí para confirmar:

• A hashtag #cringe já registra mais de 23 milhões de publicações no Instagram;

• No TikTok, vídeos com a hashtag já ultrapassaram 10,5 bilhões de visualizações;

• No Google, a busca pelo termo aumentou em 70% e continua em ascensão.



Estudos também apontam que a Geração Z vem consumindo mais do que os outros grupos, sendo assim, acompanhar o ritmo das transformações geracionais e entender o comportamento das novas gerações é essencial para traçar estratégias assertivas para esse público.

 

GenZ: os nativos digitais 

A Geração Z (Zoomers) é a primeira que já nasceu alfabetizada no digital, praticamente com o celular na mão. Para eles, não há on ou off, tudo está conectado o tempo todo, ou deveria estar. Exatamente por isso, o smartphone é o principal meio de interação social. Os Zoomers passam a maior parte do dia conectados à internet, enviando mensagens e jogando jogos on-line, uma superconectividade típica dessa geração, o que exige que as marcas ofereçam conteúdos e formatos cada vez mais interativos, ágeis e autênticos.

Comportamento de consumo das gerações

O confronto entre as gerações sempre existiu, sobretudo no aspecto cultural, delimitadas em uma média entre 14 e 15 anos. Mas não se pode negar o avanço das diferenças, o que pode ser explicado pelo avanço da internet. Os Millennials acompanharam essa evolução, já a Geração Z já nasceu inserida nesse meio, recebendo informações do mundo todo, o tempo todo, em milésimos de segundos.

Com o envelhecimento da Geração Y, os jovens da Geração Z ganham cada vez mais relevância no mercado, ditando como as marcas devem se comportar para atender um novo comportamento de consumo.

Uma pesquisa realizada pelo IRI (Instituto de Relações Internacionais) com mil jovens entre 17 e 23 anos de idade identificou quais são as principais fontes de informações dos Zennials e quem são as pessoas com maior poder de convencimento sobre suas compras. Entre os resultados da pesquisa, destacam-se:


• 59% dos entrevistados consideram seus amigos e familiares como os maiores influenciadores na hora de comprar algo;

• 54% responderam que ver algum amigo ou familiar usando o produto pode convencê-los a comprar;

• 39% afirmaram que comprariam produtos exibidos em vídeos no TikTok e 38% em displays de lojas;

• Já aqueles que se sentem influenciados por propagandas em rádio e outdoor representam menos de 10%.


Fonte: IRI

Esse foi apenas um breve resumo do cenário atual e de como as transformações geracionais estão mudando o comportamento de consumo. E então, sua marca está preparada para conversar com as novas gerações?


Por: Marielena Villwock


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